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Equipe Longevitat

Sono e idade=
28 de janeiro de 2019 | Manejo de Saúde

Sono e idade: quais são as alterações ao longo dos anos?


Com o passar da idade, ocorre um conjunto de alterações psicológicas e sociais que são importantes para agregar valor à experiência de vida. Entretanto, algumas mudanças biológicas, como as alterações no sono, também estão inseridas nesse contexto.


Logo, é importante compreender que o fator idade influencia mudanças nos hábitos noturnos, uma vez que o organismo age completamente diferente ao longo dos anos. Com isso, há consequências na qualidade de vida — que podem ser minimizadas com algumas medidas.


Confira, então, as razões pelas quais ocorrem essas alterações e as modificações mais comuns que surgem na terceira idade. Veja também como melhorar a qualidade do sono e promover um envelhecimento mais ativo e saudável. Boa leitura!


Quais são as alterações que comumente afetam o padrão do sono?


Alguns fatores determinam alterações no sono ao longo dos anos. Os mais relevantes estão listados abaixo. Confira!


Tempo de sono necessário


Ainda que as diferenças sejam pequenas, pesquisas afirmam que as horas necessárias de sono variam conforme a idade. Vale ressaltar que, para pessoas acima dos 65 anos, o tempo de sono é bem semelhante ao dos adultos: em torno de 7 a 8 horas.


No entanto, outras peculiaridades relacionadas à fisiologia do organismo influenciam as características do sono individual. Por isso, o ideal é descobrir o próprio padrão comportamental e manter o hábito de dormir sempre no mesmo horário.


Nível de estresse e de ansiedade


O estresse excessivo e a ansiedade são questões que implicam perda da qualidade de vida em qualquer fase da vida. Durante o envelhecimento, essas influências estão ainda mais presentes, haja vista as alterações emocionais que acompanham o envelhecimento e afetam o sono.


Dificuldade de respiração


Um dos problemas mais evidentes na terceira idade é a apneia obstrutiva do sono — ocorrência de paradas respiratórias ou diminuição da frequência respiratória que dificulta a oxigenação tecidual.


Isso pode acometer pessoas de todas as idades, mas a tendência é que a situação piore ao longo dos anos. A condição provoca vários despertares durante a noite e causa sonolência no idoso durante o dia. Por isso, é aconselhável relatar essas ocorrências ao geriatra e tentar solucionar o problema.


Surgimento de doenças


A própria fisiologia do idoso impõe condições que o torna mais vulnerável ao surgimento de doenças comprometedoras da hora de dormir. Assim, questões associadas à redução da função tireoidiana, o aumento do peso corporal e a diminuição do controle respiratório também levam à menor qualidade do sono.


Por que há alterações no sono durante o envelhecimento?


Diversas questões podem surgir ao longo do envelhecimento e influenciar consideravelmente a qualidade do sono. Essas interferências têm origens e causas muito peculiares e variam conforme a idade e o estado de saúde do indivíduo.


Fisiologicamente, o sono tem duas importantes funções: a restauração da energia e a reparação de eventuais erros que podem ocorrer na atividade dos órgãos. Durante a noite, o metabolismo — conjunto de reações que mantém o corpo funcionando — torna-se mais lento, para que o organismo “descanse” e se renove para o dia seguinte.


Independentemente do motivo que afeta o padrão do sono, há um denominador comum que deve ser considerado: o sono está dentro da normalidade quando acordamos descansados e com boa disposição para enfrentar o cotidiano. Do contrário, é preciso buscar orientação e tratamento médico.


Ainda que seja diferente, o sono do idoso precisa ser restaurador. Mesmo dormindo menos tempo ou acordando mais à noite, o ideal é despertar descansado e calmo. Irritabilidade, nervosismo e queixas de dores no corpo pela manhã são indícios de problemas relacionados ao sono.


Outro fator que merece atenção é a insônia psicofisiológica que surge na idade avançada. Geralmente, a falta de sono está associada a:


• problemas emocionais;
• isolamento social;
• doenças graves;
• empobrecimento material;
• transtornos de ansiedade resultantes do medo da morte etc.



Além disso, distúrbios próprios da terceira idade, como a noctúria — ato de despertar à noite para urinar — e questões hormonais também provocam alterações no sono. No sexo masculino, a noctúria tem relação com hipertrofia da próstata. Em relação à saúde da mulher, isso ocorre devido à perda da resistência uretral após a menopausa.


Que fatores contribuem para as alterações no sono do idoso?


Diversos problemas comprometem a qualidade do sono na terceira idade. Listamos os mais comuns. Veja quais são:


• o aumento dos picos de interrupções da respiração durante a noite (apneia);
• a influência de doenças físicas, como diabetes ou problemas cardiovasculares;
• a demora no tempo para dormir, devido à alteração do sono profundo do idoso;
• uma maior tendência a pequenos cochilos e sonecas durante o dia, o que reduz o sono noturno;
• os muitos despertares durante a noite, que fazem o idoso ficar mais tempo acordado na cama;
• a tendência de as pessoas idosas despertarem bem mais cedo e permanecerem longas horas acordadas, principalmente de madrugada;
• a maior superficialidade do sono, que faz o idoso despertar com qualquer barulho;
• o aumento da frequência de movimentação das pernas durante o sono.



Como melhorar a qualidade do sono na terceira idade?


As características da terceira idade sinalizam problemas que afetam o equilíbrio funcional do organismo, principalmente no que se refere ao ciclo vigília-sono. No entanto, algumas dessas disfunções podem ser atribuídas ao processo de desorganização no ciclo de temperatura corporal.


Com o passar dos anos, ocorre a atrofia gradativa da área cerebral que libera substâncias responsáveis pelo bem-estar noturno. Esses desajustes resultam da ausência no ritmo da secreção de melatonina, um dos principais hormônios reguladores do sono.


Entretanto, é possível corrigir alguns fatores e minimizar os impactos decorrentes desses desequilíbrios, típicos do envelhecimento. Observe alguns aspectos que podem reduzir as alterações no sono:


• melhorar a qualidade da alimentação;
• cuidar da saúde emocional;
• praticar exercícios físicos regulares;
• evitar cochilos, sonecas e sono diurno;
• cultivar hábitos saudáveis ao longo da vida;
• ter mais integração social;
• evitar bebidas estimulantes antes de dormir;
• procurar dormir sempre em horários regulares;
• manter o quarto limpo, arejado e favorável ao repouso tranquilo.



Percebe-se, então, que a atenção a esses fatores é importante ao longo da vida, pois muitos deles influenciam diretamente a qualidade do sono no envelhecimento. Com esses cuidados, pode-se minimizar os riscos à saúde mental e física resultantes dessas modificações, principalmente em idosos.


Como vimos, o padrão do sono é determinado não somente pela idade, mas pelo estilo de vida e pelas condições de saúde de cada indivíduo. Nesse sentido, a adoção de hábitos saudáveis proporcionam mais chances de reduzir os efeitos das alterações no sono, principalmente na idade avançada.


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